Cashback ou Milhas: Qual Compensa Mais e Quando Usar Cada Um
Cashback ou Milhas: Qual Compensa Mais e Quando Usar Cada Um
Você já deve ter se perguntado: “vale mais a pena acumular milhas ou receber cashback?”. Afinal, ambos prometem benefícios por usar o cartão de crédito, mas de formas diferentes. Neste artigo do Papo de Dinheiro, vamos te mostrar — com números e exemplos reais — qual opção dá mais retorno e como combinar as duas para maximizar seus ganhos.
💡 1. O que é cashback e como ele funciona
Cashback significa literalmente “dinheiro de volta”. Quando você faz uma compra, o banco ou aplicativo devolve uma porcentagem do valor gasto, normalmente entre 0,5% e 10%. Esse valor volta para você como crédito na fatura, saldo em conta ou até PIX direto.
💳 Exemplo prático:
Cartão com 1,5% de cashback.
Gasto mensal: R$ 2.000 → Retorno: R$ 30/mês → R$ 360/ano.
É simples, transparente e o retorno é imediato.
- 💰 Vantagens: retorno garantido e fácil de usar;
- 📉 Desvantagens: percentuais menores e ganhos limitados.
Cashback é ótimo para quem prefere praticidade e quer ver o dinheiro voltando no curto prazo.
✈️ 2. O que são milhas e pontos
Milhas (ou pontos) são recompensas que você acumula ao gastar no cartão de crédito ou usar serviços de parceiros (como viagens e compras online). Depois, você troca essas milhas por passagens, produtos, descontos ou até vende por dinheiro.
Exemplo prático:
Cartão com 1,5 ponto por dólar gasto.
Gasto mensal: R$ 2.000 ≈ US$ 400 → 600 pontos/mês.
Em 12 meses = 7.200 pontos.
Esses pontos podem render uma passagem nacional de ida e volta, ou R$ 250–R$ 350 se vendidos.
- 🎯 Vantagens: potencial de retorno alto, especialmente com promoções de transferência bonificada;
- ⚠️ Desvantagens: exige atenção e estratégia para valer a pena.
📊 3. Comparativo direto: cashback vs milhas
| Categoria | Cashback | Milhas |
|---|---|---|
| Retorno médio | 0,5% a 2% do valor gasto | 1 a 4% (dependendo da cotação das milhas) |
| Forma de ganho | Dinheiro direto (fatura ou conta) | Pontos em programas de fidelidade |
| Facilidade | Muito simples, automático | Mais complexo, requer gestão |
| Risco de expiração | Nenhum | Sim (geralmente 24–36 meses) |
| Potencial de lucro | Baixo a médio | Alto (em promoções ou revendas) |
💬 4. Exemplo comparativo: qual dá mais retorno?
Cenário:
Gasto mensal: R$ 3.000 Cartão com 1,5% de cashback → R$ 45/mês = R$ 540/ano. Cartão com 1,5 ponto por dólar → 900 pontos/mês → 10.800/ano. Se 1.000 pontos = R$ 35, então 10.800 pontos = R$ 378.
💰 Resultado: Cashback = R$ 540/ano, Milhas = R$ 378/ano.
Mas se o usuário participar de promoções com bônus de 100% na transferência de pontos, o valor das milhas dobra: R$ 378 → R$ 756. Nesse caso, as milhas superam o cashback.
🧠 5. Quando vale mais a pena escolher cashback
O cashback é melhor para quem quer retorno rápido, sem complicações e com segurança total.
Recomendado para:
- Quem não viaja com frequência;
- Quem prefere ver o dinheiro voltando para a conta;
- Quem gasta pouco com cartão (abaixo de R$ 2.000/mês);
- Quem quer simplicidade sem precisar entender programas de milhas.
Melhores opções de cartão cashback:
- Méliuz: até 1,8% de cashback sem anuidade.
- Banco Inter: cashback automático na fatura.
- PicPay Card: promoções com até 5% de volta.
✈️ 6. Quando vale mais a pena escolher milhas
As milhas são melhores para quem viaja ou está disposto a estudar um pouco sobre programas de fidelidade. Com as estratégias certas, elas podem render o dobro ou até o triplo do cashback tradicional.
Recomendado para:
- Quem viaja pelo menos 1x por ano;
- Quem tem gasto mensal alto (acima de R$ 3.000);
- Quem gosta de aproveitar promoções de transferência e compra de milhas.
Melhores programas:
- LATAM Pass — transferências com bônus frequente.
- Smiles (Gol) — permite vender ou transferir milhas.
- Livelo — o mais flexível, com várias parcerias e promoções.
Exemplo de multiplicação:
Transferindo 20.000 pontos com bônus de 100%, o usuário ganha 40.000 milhas. Essas milhas podem render R$ 1.400–R$ 1.800 em passagens ou venda. Isso supera facilmente o retorno de cashback no mesmo período.
🔁 7. Melhor dos dois mundos: combinar cashback e milhas
Você não precisa escolher apenas um. Com um pouco de planejamento, é possível usar os dois e maximizar o retorno.
Estratégia híbrida:
- Use cartões com cashback para gastos do dia a dia (mercado, contas, etc.).
- Use cartões com milhas para grandes despesas e viagens.
- Participe de promoções de transferência de pontos a cada 2–3 meses.
Exemplo prático:
Você gasta R$ 2.000/mês no cartão cashback (1,5%) = R$ 30/mês = R$ 360/ano. E gasta R$ 1.500/mês no cartão de milhas = 9.000 pontos/ano ≈ R$ 315 (ou R$ 600 com bônus). Total: até R$ 960/ano de retorno apenas ajustando o uso dos cartões.
📲 8. Aplicativos que ajudam a gerenciar seus ganhos
- Méliuz: cashback direto no app e no cartão.
- Cuponomia: cupons + cashback em compras online.
- Livelo: acompanha e transfere pontos para programas parceiros.
- Minhas Milhas: controla validade e estimativa de valor das milhas.
📈 9. Dicas para tirar o máximo proveito
- Participe de promoções com bônus de transferência (50%–100%).
- Concentre gastos em um único cartão para acumular mais rápido.
- Ative cashback em lojas parceiras antes de comprar online.
- Venda milhas apenas em plataformas seguras (MaxMilhas, HotMilhas, etc.).
Exemplo de economia combinada:
Usando cashback de 2% + cupom de 10% + bônus de milhas em 50%, uma compra de R$ 1.000 pode gerar até R$ 120 em benefícios. É a diferença entre gastar e investir com inteligência.
🏁 Conclusão
Cashback e milhas não são inimigos — são estratégias complementares. Se você quer retorno rápido e direto, vá de cashback. Se busca recompensas maiores e gosta de planejar, escolha milhas. E se quiser o máximo de ambos, combine os dois com consciência e acompanhe seus ganhos regularmente.
No fim das contas, o importante não é apenas ganhar dinheiro de volta — é **usar o dinheiro com propósito e inteligência**.
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